Malemba enfrentou pela primeira vez uma não-ciência em sua vida, pela primeira vez foi tartamuda, quando o seu filho primeiro, ainda um nenê, abriu a boca, por um breve foi imenso; então desatou a miar. Era esperado há semanas que o menino desse as primeiras palavras. De resto, fazia tudo igual era conhecido de criança fazer, na mesma ordem e no mesmo tempo, que eram a sua própria ordem e o seu próprio tempo; mas aquilo, não. Aquilo era incompreender, era pedir demais. Sequer gato havia nas redondezas, como? Todo dia ouvia: mamãe, mamãe, papai, papai. Mas o menino de começo foi: mi. a. mi. e então fez, fez aquilo, se felinou.
A mãe olhava, interrompida na sua cozinha. Era uma mulher assombrosa, Malemba: a pele escura como o sonho, o olho fino feito a boca não era, e seu passo, seu passo como rios não passam. Parecia o mundo estivesse nela e não ela no mundo. Parecia sua alma fosse o horizonte. Essa era Malemba, a mãe do meni, menino, menino, menino que, que, que o quê?, ela hesitava em assimilar; do menino que miava.
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